Data: 16-07-2012
Criterio:
Avaliador: Diogo Marcilio Judice
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Apesar de apresentar diversos usos, B. coccolobifolia ocorre em inúmeras unidades de conservação (SNUC) e suas subpopulações têm se mantido estáveis ao logo dos anos. A espécie é muito abundante em diversas áreas de ocorrência, ocorrendo com grande frequência. Foi categorizada como "Menos preocupante" (LC).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Byrsonima coccolobifolia Kunth;
Família: Malpighiaceae
Sinônimos:
Byrsonima coccolobifolia é uma espécie arbórea, atingindo 3-4 m de altura quando adulta. Apresenta folhas pouco pilosas e rosadas quando jovens, tornando-se glabras posteriormente, com nervuras rosadas em algumas plantas. Suas flores são de coloração rosa pálido e seus frutos amarelos, quando maduros. Possui o epíteto coccolobifolia por possuir folhas semelhantes à da Coccoloba (Silva Jr., 2005).
Ratter et al. (2003), analisando a composição florística de 376 áreas de Cerrado, registraram a presença de B. coccolofifolia em 65% das áreas amostradas. Esta espécie é amplamente distribuída tanto nas áreas de Cerrado quanto nas manchas savânicas da Amazônia, tendo sido uma das 25 espécies mais frequentes do Distrito Federal (Felfili et al., 1992), possuindo subpopulações médias de 14 a 18 ind./ha em 10 ha de Cerrado sensu stricto. Frequente também em áreas vizinhas em Goiás, bem como no sul e no centro de Minas Gerais. Foram estudadas 2700 plantas na APA (Higgins, 2007) na Reserva Ecológica do IBGE, dentro da APA Gama-Cabeça de Veado, Brasília, DF.Em Gerais de Balsas, MA, foram estimados 221 ind./ha com um aumento populacional observado entre os anos de 1995 e 2002 de aproximadamente 16% (Aquino et al., 2007).Foi estimada em 290 ind./ha no Parque Estadual do Cerrado, Jaguariaíva, PR (Uhlmann, 1998), onde foi a espécie de maior importância ecológica; 100 ind./ha Borda Oeste do Pantanal, Corumbá/MS; 100 ind. em área de Cerrado em Itirapina, SP (Salomão et al., 2006); 84 ind./ha Brotas, SP (Durigan et al., 2002);73,3 ind./ha, na Fazenda Caracaraizinho e 76,7 ind./ha Fazenda Fortaleza, RR (Barbosa et al., 2005); 61 ind. em (DR:4,76%) Parque Estadual da Serra Azul, Barra do Garças, MT (Barbosa, 2006); 17 ind. (DR: 1,8) Reserva Municipal Mário Viana, Nova Xavantina, MT (Marimon Jr.; Haridasan, 2005); 13,3 ind./ha Abaeté, SP (Saporetti et al., 2003); 12,5 ind./ha no norte de Goiás e Sul de Tocantins (Felfili; Fagg, 2007); 11 ind./ha Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), GO (Carvalho, 2010); 6 ind./ha Brotas, Estado de São Paulo (Gomes et al., 2004); sete ind. (FR: 1,1%) na Reserva Ecológica do IBGE, DF, Brasil (Medeiros; Miranda, 2005); 4 ind./ha na Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Santo Antônio do Leverger, MT (Borges; Sheperd, 2005); 2 ind./ha Carolina, MA em estudo de Área de Influência Direta (AID) da Usina Hidrelétrica de Estreito, construída entre os Estados do Tocantins e Maranhão (Medeiros et al., 2008).
Espécie de ampla distribuição ocorre nos Estados de Roraima, Amazonas, Tocantins, Bahia, Sergipe, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Mamede, 2010). Há registros de sua ocorrência também para a Bolívia, Venezuela e República Cooperativa da Guiana (Benezar; Pessoni, 2006).
Árvore de 3-4 m de altura e 25 cm de diam. sem exsudação ao se destacar a folha, rutudoma acinzentados com fissuras e cristas descontínuas, com aspecto quadriculado. Flores róseas (Silva-Jr., 2005), frutos do tipo nuculânio, globosos, laranjados (Kutschenko, 2009; p. 60). B. coccolobifolia é uma planta decídua com pico de perda das folhas no mês de agosto (fim da estação seca no Cerrado) e o de produção foliar, em outubro (início das chuvas) (Higgins, 2007). Possui nome popular de "murici-rosa" (Silva-Jr., 2005). As sementes possuem taxas baixas de germinação. A imersão em ácido giberélico, por 24h, aumenta esta taxa (Silva-Jr., 2005).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade
high
Detalhes
Pressão exercida sobre os Cerrados em afloramentos rochosos pela mineração de rochas para construção civil (Moura et al., 2007), fragmentação e degradação ambiental no Cerrado do Estado de São Paulo (Teixeira et al., 2004; Carvalho et al., 2010) No Cerrado do Estado do Mato Grosso são ameaças a expansão das fronteiras agrícolas, aliada ao baixo percentual de áreas protegidas por unidades de conservação (SNUC) de uso restrito, o que tem levado a uma redução à sua área de ocupação (Lehn et al., 2008). A expansão agrícola é uma ameaça também do Cerrado de Goiás (Amorim, 2009). Linsingen et al. (2006) relatam que devido aos processos de ocupação e exploração, a vegetação de cerrado no Paraná foi substituída por monoculturas e os relictos, em forma de remanescentes esparsos os quais são inúmeras vezes perturbados pelo fogo, pecuária ou pela retirada seletiva de madeira.
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Rara" (RR) pela Lista de Espécies Ameaçadas do Paraná (SEMA/GTZ-PR,1995).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Presente em áreas protegidas como APA Estadual do Rio Pandeiros, MG (MGBiota, 2009); Parque Estadual do Guartelá, Tibagi, PR (Ritter; Moro, 2007); Parque Estadual do Cerrado, Jaguariaíva PR (Linsingen et al., 2006); Parque Estadual dos Pirineus, GO (Batista et al., 2007; Moura et al., 2007); Parque Municipal do Bacaba, Nova Xavantina, MT (Silverio; Lenza, 2010); Parque Estadual da Serra Azul, Barra do Garças, MT. (Barbosa, 2006); RPPN EPDA Galheiro, Perdizes, MG (Cardoso et al., 2003); Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), GO (Carvalho, 2010); Parque Estadual do Mirador, MA (Conceição et al., 2011); Reserva Ecológica do IBGE, DF (Medeiros; Miranda, 2005).
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CNCFlora. Byrsonima coccolobifolia in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Byrsonima coccolobifolia
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 16/07/2012 - 16:43:08